Um tesouro literário com o 3.º ano e Alice Vieira
No Colégio As Joaninhas, acreditamos que a leitura tem o poder de transformar. E foi exatamente isso que aconteceu com os alunos do 3.º ano, ao mergulharem na obra A Arca do Tesouro, de Alice Vieira. Esta leitura sensível e simbólica foi ponto de partida para uma viagem interior sobre a importância da linguagem, das emoções e dos afetos.
A atividade iniciou-se com a leitura expressiva feita pela professora titular da turma, Margarida Tito, seguida por momentos de leitura em voz alta pelos alunos. Esta partilha permitiu uma primeira aproximação ao texto e ao seu tom emocional. De seguida, a turma explorou o conteúdo do livro com espírito crítico, refletindo sobre os principais temas e personagens.
Um diálogo sobre o que é invisível, mas pesa: as palavras
Durante a exploração da obra, os alunos foram convidados a pensar sobre o valor das palavras — aquelas que dizemos, as que ouvimos e, sobretudo, as que ficam por dizer. Em pequenos grupos ou em grande grupo, debateram sobre sentimentos, afeto, tempo de qualidade e o poder que as palavras têm sobre o nosso dia a dia.
A personagem principal, Maria, e a sua misteriosa caixa azul ofereceram o mote para pensar sobre os “tesouros” que cada um carrega dentro de si: memórias, gestos, sorrisos, palavras ditas com carinho ou mágoa. Inspirados por isso, os alunos desenharam o seu próprio lugar seguro — um espaço simbólico onde gostariam de guardar palavras importantes.
Do livro para as mãos: origami com intenção
Através da técnica do origami, cada criança construiu a sua própria caixa azul “(azul, como o céu quando o mau tempo abranda)” com tampa, inspirada na do livro. Esta caixa foi colada no desenho do lugar seguro e levada para casa — pronta a receber palavras boas, más, pequenas ou grandes, até aquelas que ficam muitas vezes presas na garganta, como “desculpa” ou “gosto de ti”.
A atividade promoveu a expressão emocional, a consciência linguística e a escuta ativa, reforçando o papel da literatura como caminho para o autoconhecimento e para o desenvolvimento da empatia.
“Há palavras que moram na cabeça, mas vivem no coração.”
Esta frase guiou o encerramento do projeto e ecoou nos corredores do Colégio durante o dia.
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